Imagem Blog E-Ceasa

CONAB e BR-BRASTECE Lançam Bases para o Censo que Irá Redesenhar o Futuro das CEASAs no Brasil

No dia 25 de setembro, representantes da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), BR-BRASTECE e líderes das principais associações de lojistas do país se reuniram em um encontro histórico para iniciar o “Diagnóstico das CEASAs”. A conclusão é urgente: o setor opera em uma crise de dados e desestruturação que exige uma resposta imediata e coordenada, com o objetivo de traçar um plano de modernização e normatização.

Imagem Blog E-Ceasa - 080725

Em Brasília, BR-BRASTECE apresenta proposta legislativa para modernização das CEASAS

Na última terça-feira (25/06), um importante passo foi dado em direção à modernização das Centrais de Abastecimento (CEASAS) no Brasil. A Confederação Brasileira de Associações, Sindicatos e Lojistas de Ceasas e Afins — a BR-BRASTECE — esteve reunida com representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), em Brasília, para apresentar uma proposta legislativa com foco na valorização da atividade de abastecimento alimentar no país.

O encontro aconteceu na sede da Secretaria de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar (SEAB) e contou com a presença de representantes do governo e membros da diretoria da BR-BRASTECE. A proposta apresentada busca garantir mais segurança jurídica, fortalecer os profissionais que atuam nas CEASAS e dar mais estabilidade a todo o sistema.

 

 

Por que essa proposta é importante?

As CEASAS são peças-chave no abastecimento alimentar do Brasil. Todos os dias, toneladas de frutas, verduras, legumes e outros alimentos passam por esses entrepostos e chegam a supermercados, feiras, padarias, hotéis, restaurantes e instituições públicas.

Apesar dessa importância, a atividade exercida pelos lojistas e produtores que atuam nesses espaços ainda não é reconhecida formalmente como de utilidade pública. Além disso, muitos contratos de concessão de boxes são frágeis, com prazos curtos, o que dificulta investimentos e gera insegurança.

 

 

O que diz a proposta legislativa?

A proposta apresentada pela BR-BRASTECE ao governo tem dois focos principais:

  • Reconhecimento do abastecimento alimentar desempenhado por lojistas e produtores como matéria de interesse público
  • Unificação e ampliação dos prazos contratuais de uso dos boxes nas CEASAS, com mínimo de 30 anos e possibilidade de renovação, garantindo estabilidade e segurança para lojistas e permissionários.

 

Também está prevista a inclusão da atividade de abastecimento na Lei de Segurança Alimentar (Lei nº 11.346/2006), reforçando o papel estratégico das CEASAS na cadeia que garante comida na mesa dos brasileiros.

 

 

E agora, quais os próximos passos?

A reunião foi considerada muito positiva pelas duas partes. A equipe do MDA demonstrou interesse em aprofundar o debate e ficou decidido que será formado um novo grupo de trabalho, envolvendo representantes de outros setores, para amadurecer a proposta e encaminhá-la oficialmente ao Congresso Nacional.

 

 

Participaram da reunião:

  • Ana Terra Reis (Secretária da SEAB)
  • Islandia Bezerra (Diretora de Apoio à Comercialização)
  • Josiane Lima (Coordenadora de Articulação Federativa)
  • Gelson Föeger (Vice-diretor Social)
  • Leandro Wruck (Assessor Jurídico da BR-BRASTECE)

 

 

O que isso tem a ver com o E-Ceasa?

Tudo.

O E-Ceasa é uma das iniciativas que refletem o novo momento das CEASAS no Brasil — mais modernização, mais eficiência e mais protagonismo para quem movimenta o setor diariamente.

Acompanhamos de perto cada passo rumo ao fortalecimento do sistema Ceasa. E agora, com o lançamento do nosso blog, você também poderá acompanhar, entender e participar dessas transformações.

 

 

Fique atento: em breve traremos novas atualizações sobre esse e outros temas que impactam diretamente quem vive do abastecimento.

 

 

Continue conectado com o E-Ceasa — Acompanhe as novidades aqui no blog, trazendo informações pra quem vive o setor

 

E-CEASA - Blog - Producao de frango

Produção de Frango: os desafios enfrentados nos últimos anos

Nos últimos anos, a produção de frango no mundo enfrentou desafios causados por surtos de doenças graves, com destaque para a Doença de Newcastle e a gripe aviária. Essas doenças têm impacto significativo no setor avícola, exigindo medidas rigorosas de biossegurança e afetando as exportações e o mercado interno de países produtores.

A gripe aviária, causada pelo vírus influenza tipo A, é altamente contagiosa entre aves e pode levar à morte de grandes populações de frango, especialmente em ambientes de criação intensiva. Em 2023, os Estados Unidos enfrentaram um dos piores surtos de gripe aviária, levando ao abate de milhões de aves. Esse surto afetou o mercado global de carne de frango, com os EUA lidando com perdas e restrições comerciais, já que muitos países importadores suspenderam temporariamente a compra de produtos avícolas norte-americanos devido ao risco de contaminação​.

Outro exemplo recente é a Doença de Newcastle, que voltou a ser detectada no Brasil em 2024 após mais de 18 anos. Esta doença viral também afeta aves domésticas e selvagens e pode causar sintomas respiratórios e neurológicos severos, resultando em mortalidade elevada. Em resposta ao novo surto, o Brasil implementou um autoembargo para exportação de carne de frango para diversos mercados, incluindo Estados Unidos e China. A suspensão foi uma medida preventiva, já que a doença pode ser transmitida pelo contato com secreções e fezes de aves infectadas. Mesmo que o risco para humanos seja baixo, é necessário implementar medidas rigorosas de contenção para impedir sua propagação​.

Essas doenças pressionam a cadeia de produção e os mercados de exportação, forçando governos e indústrias a investir em protocolos de biossegurança mais robustos. Entre as principais estratégias estão a vacinação de aves, monitoramento sanitário e restrições rigorosas no transporte e comercialização em regiões afetadas. Apesar de os surtos terem sido controlados em diversas regiões, o impacto na produção global de frango é considerável, evidenciando a importância da prevenção e da resposta rápida a surtos para garantir a continuidade do abastecimento e minimizar prejuízos econômicos.

 

Fontes

  • Globo Rural: Doença de Newcastle volta ao Brasil após 18 anos (2024). Disponível em: globorural.globo.com.
  • Exame: Doença de Newcastle: entenda os impactos da suspensão das exportações da carne de frango do Brasil (2024). Disponível em: exame.com.
  • InfoMoney: Frango: casos mais recentes da doença de Newcastle no Brasil tinham ocorrido em 2006 (2024). Disponível em: infomoney.com.br.
E-CEASA - Blog - Precos das Bananas

Banana: o que afetou o preço nos últimos anos?

Nos últimos anos, o preço da banana no Brasil tem passado por variações significativas, influenciado principalmente por fatores como condições climáticas, oferta e demanda, além dos custos de produção. A banana, amplamente consumida e essencial na cesta básica brasileira, é cultivada em regiões importantes como o Vale do Ribeira, o norte de Minas Gerais e a Bahia. Flutuações no clima, como secas prolongadas e chuvas intensas, impactam diretamente a produção e os preços. No início de 2024, fortes chuvas seguidas por períodos de estiagem causaram perdas nas plantações, elevando o preço da banana em várias regiões do país​.

Estudos mostram que, enquanto a banana-prata chegou a custar até R$ 8,00/kg em alguns estados, a banana-nanica teve uma oscilação entre R$ 1,20 e R$ 3,29/kg ao longo do primeiro semestre de 2024, dependendo da safra. Esses aumentos nos preços não acompanharam apenas a inflação, mas também foram impulsionados pela demanda contínua do mercado, especialmente em períodos de baixa oferta. Além disso, o aumento no preço dos insumos agrícolas, como fertilizantes e defensivos, impacta os custos de produção, pressionando os preços ao consumidor final​.

Dado o consumo alto da banana no Brasil, o impacto dessas variações afeta significativamente o orçamento familiar, pois a fruta é fundamental na dieta de muitas famílias. Em Belém, por exemplo, o preço da dúzia de banana aumentou mais de 13% entre 2020 e 2021, superando a inflação calculada para o período​. Essas mudanças reforçam a importância de monitorar o mercado e investir em tecnologias que possam mitigar os efeitos climáticos, como sistemas de irrigação e monitoramento de safra, que têm sido adotados em algumas áreas produtoras como tentativa de estabilizar a oferta e, consequentemente, os preços.

Para mais detalhes, você pode consultar as fontes: CEPEA, Portal do Agronegócio, Frutecon, e O Liberal.